Sobre metas de anos que passaram
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Isa
- 23:27
Em 2016 eu publiquei um post com metas (aqui) e estava bastante animada pra pôr em prática. Algumas eu realmente pus. E eram coisas possíveis, de fato, como eu até mencionei no post. Mas a realidade, a nua e crua, é que não dá pra a gente fazer tudo na hora que quer. Por um simples motivo: não é a hora certa.
Às vezes nós colocamos na cabeça que queremos algo e que é a hora de algo acontecer e nós ficamos até animados, até tentamos por pra frente e dizemos que agora vai, mas não vai. E com isso entro numa retrospectiva de 2016 (publiquei uma de 2015). Lembrando que isso sobre minha vida pessoal (porque se for falar sobre o mundo em geral, lascou-se. 2016 foi ralado mesmo.)
No ano que se passou muita crise pessoal aconteceu (como 2015), muitas coisas em que eu acreditava viraram de ponta cabeça. Um relacionamento amoroso terminou, outro começou. Um outro semestre na faculdade, uma nova turma. Fiz os tão esperados vinte anos. Rolou treta que só. Meu filho começou a andar e agora só quer comer sozinho (tá difícil). Eu vi mais alguns filmes de Tarantino (Resenha: The hateful eight ou Os oito odiados), etc.
Sério, foi muita coisa.
Mas desse mar de novidades, eu destaco algumas bem interessantes e, se você que tá lendo esse post e me conhece, souber de outra, comenta porque sou esquecida mesmo.
Única coisa organizada sempre foi meu material escolar, por motivos óbvios (eu adoro material escolar, adoro estudar, odeio que mexam nele, etc);
Contudo, nesse milagroso ano, eu comecei aos poucos a arrumar as roupas, o pc, então a limpar o quarto... assim, do nada. Porque é sempre aparentemente do nada. A realidade é que a rotina tava me deixando muito insatisfeita. Sabe quando a gente ta exausto, mas não no corpo, na mente? Eu olhava pro lado e aquela bagunça me fazia ficar ainda com menos vontade de levantar pela manhã. As roupas, as cores do quarto, o cheiro, nossa, tudo. Tudo aquilo me deixava com menos vontade de viver. Foi uma mudança de dentro pra fora.
2. Eu comecei a usar rosa
Outra coisa engraçada foi que, quem me conhece de longa data sabe de cor: Isabelle não gosta de rosa. Ponto.
Eu não sei porque, eu simplesmente odiava essa cor. (Amarelo e laranja também). Era só um "eca" que eu sempre tive por elas.
Aí ano passado comprei uma saia amarela e uma saia rosa. Só isso. Com o tempo, aos pouquinhos, eu fui começando a gostar, sabe? De verdade. Comprei uma coisinha rosa ali, outra aqui...e me acostumei. Aí parei pra olhar meu quarto ontem (eu reformei, finalmente, amém) e, meu deus, ta tudo rosa. Eu tenho uma pasta rosa, uma garrafa rosa (eu já tinha há anos, mas vale né?), uma mochila rosa (que ganhei de um amigo. Pra ver como as coisas são né?), uma almofada rosa (que é do meu filho e eu roubei porque achei fofo. Meu deus) e de amarelo comprei um macaquinho amarelo, uma blusa amarela, tenho um porta óculos amarelo e, o blog ta dourado que é tipo amarelo.
Minha irmã até me perguntou dia desses quem sou eu. hahahaha
3. Comecei a usar brincos
Na metade do ano, não sei bem por quê, mas tirei o alargador que eu usava. Era uma fofurinha, um coração azul claro. Eu não sei, um belo dia, tirei, simplesmente. Eu fazia isso com frequência. Tirava, ai a abertura diminuía e, eu colocava novamente. Eu gostava disso. hahaha
E então eu não pus mais. Eu ainda acho uma lindeza, por isso tá guardado caso eu queira pôr depois.
Fato é que eu fui numa loja e vi uns brincos daquele de acrílico que imitam madeira, sabe? Meu deus, eu achei a coisa mais linda do mundo todinho e comprei. E eu, que sempre me achei super estranha de brincos, comecei a usar.
Ainda tô me acostumando, é fato. Mas apenas com a sensação na orelha. Na verdade, me olho no espelho e me acho gatíssima com eles, obrigada.
4. Eu parei de beber.
Então, como vocês sabem, eu tomava bebida alcoólica vez ou outra. Ia numa festa e enchia a cara, me divertia e só isso. Não fazia besteira, não fazia mal a mim, nem a ninguém. Justo. Mas aí comecei a notar que esse "só isso" já não tava rolando, eu notei que eu começava a perder o controle. Eu esquecia o que tinha feito.
Aí vi que havia algo de errado. Continuei bebendo por algum tempo, só que em menor quantidade. E aos poucos fui pensando a respeito, analisando minha vida, analisando quem eu era, o que queria. Percebendo como meu corpo reagia e por quê. E então cheguei a conclusão de que valia mais meu corpo equilibrado, limpo, do que as horas de diversão pela bebida.
Eu sou muito tímida e bebia pra socializar, mas então percebi que na verdade esse terreno confortável que a bebida proporcionava era falso (é fake, bebê). Eu queria dançar, queria me soltar, mas a realidade é que o que vai proporcionar isso são as pessoas com quem eu estou, é o ambiente, é o meu espírito no dia e não uma substância externa.
Então parei de vez.
Gente do céu, vocês não têm noção de como eu passava mal por causa de faculdade. Já cheguei e saí de lá aos prantos porque eu me sentia inferior ou sentia que meu futuro estava arruinado pelo simples fato de que eu realizava que não passaria em alguma disciplina, ou que havia tirado nota baixa, ou até mesmo que eu não teria como fazer algum trabalho.
É pesado. Você olha ao redor e se compara 24h com seus colegas. Você acha que não tá fazendo como deveria e que isso vai lhe tornar inferior a alguém, aí você não vai arranjar emprego, aí não vai ter dinheiro, e como vai ser depender dos pais a vida toda, e as contas. E isso. E aquilo.
Eu fiquei nem aí meeeeesmo. Porque acontece. Nada disso me torna inferior a alguém. Nada disso vale a pena, cara. Minha lógica é que se eu puder me esforçar por algo, terei retorno disso. Às vezes não é como a gente quer, claro. Mas imagine que cada escolha ou cada suposto "erro" que acontece na vida, abre espaço pra outro caminho, abre espaço pra um outro universo de coisas que podem acontecer. E isso não é pra ser ruim. No final de tudo, a vida vale a pena ser vivida pelas experiências e sensações que a gente tem pelo caminho, não por um bem material ou uma meta social. Entende? Vale a reflexão.
Quanto as metas estipuladas ano passado, claramente, eu não consegui cumprir. A única a ser cumprida foi que eu, realmente, interagi mais na fanpage. (ah, também fiquei menos tímida com a câmera. êee) Se eu consegui todos os seguidores que eu queria? Até parece.
Mas veja bem, de que vale ter muitos seguidores numa rede social, simplesmente, se nem todos vão ler esse post até o final. Se a mensagem a ser passada tocar no coração de alguém, se com esse texto eu conseguir abrir seus olhos ou lhe fazer melhorar de alguma maneira, se for só uma pessoa a ter a vida mudada por essa pequena sementinha (que um dia se tornará uma árvore enorme. Vida de Inseto gente, adoro), tudo isso vai ter valido a pena.